O bullying e suas implicações é um tema que parece clichê, porém é um assunto que precisa ser exposto, visto que com o passar do tempo, o ato vem se alterando apenas na forma como vem sendo praticado.
A palavra bullying, do inglês bully (valentão, brigão e tirano) é conhecida no português como assédio escolar, que é caracterizado como comportamento agressivo entre estudantes. É uma ação estabelecida por meio do uso de força ou opressão como forma de prejudicar aos demais.
O ato também pode ocorrer de outra forma, conhecida como cyberbullying que é caraterizado por ação agressiva, ameaçadora e ofensiva para humilhar e denegrir o outro se utilizando de meios de tecnologia de informação, como é o caso dos telemóveis, internet, dentre outros.
A agressão é identificada quando o abusador/provocador e a vítima são menores de 18 anos, já que quando o abusador/provocador é maior de idade, torna-se assédio de menores.
Perfil do agressor
O agressor age com hostilidade contra um colega vulnerável, com a intenção de prejudicar, ferir, sem mesmo que a vítima provoque. Orgulha-se de sua agressividade, e normalmente é bem aceito pelos colegas. Sente-se realizado ao dominar, controlar e atingir o outro. Tem a tendência a comportamentos de risco, como por exemplo, o consumo de álcool, cigarro ou outras drogas, além de porte de arma.
Perfil da vítima
A vítima é o sujeito que é sempre abusado, possui um comportamento social inibido, subordinado ou passivo. Sente-se vulnerável, tímido, com medo intenso e uma baixa autoestima, o que provavelmente contribua para que a situação perdure.
Sintomas apresentados pela vítima do Bullying
As vítimas de bullying podem apresentar alguns sintomas como exemplo: dores abdominais, insônia, “xixi na cama”, dor de cabeça, depressão, ansiedade, dificuldade escolar, lesões no corpo, desejo de faltar à escola, agressividade, pensamentos e tentativas suicidas. Além disso, a vítima também pode passar a ser um agressor, como nos casos que temos visto na mídia, em que o bullying sofrido, termina em massacres.
Onde buscar ajuda?
A princípio, a criança ou adolescente talvez sinta-se inseguro e com muito medo, seja pelas agressões sofridas ou por medo do agressor, porém deve sempre buscar o apoio de um adulto de sua confiança. Em casa, é importante a boa comunicação com os pais ou responsáveis (maiores de idade), mas caso isso não seja possível, o apoio pode ser encontrado na própria escola ou alguma instituição de saúde do bairro. Na escola, podem procurar ajuda do diretor, coordenador, inspetor, professor, ou outro funcionário. Na comunidade ou bairro, podem procurar o auxílio de profissionais nos locais de atendimento de saúde, como por exemplo, os enfermeiros, médicos, psicólogos ou assistente social.
Orientação à vítima
É muito importante “dividir” esse sofrimento com um adulto responsável, pois o bullying é um ato que fere as emoções e é provocado por alguém que também está com as emoções feridas e, neste caso, ambos precisam de apoio profissional.
Orientação ao adulto que presencia ou conhece um caso de bullying
Ofereça apoio, ouça a vítima com respeito. Se possível, estenda o auxílio também ao agressor e procure uma ajuda especializada para cuidar do caso. Estender as mãos e tentar ajudar tanto a vítima, quanto o agressor é um ato que pode salvar vidas, pois é um modo de interromper uma rede de violência.
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS:
BANDEIRA, Cláudia de Morais; HUTZ, Claudio Simon. 2010. As implicações do bullying na auto-estima de adolescentes. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n1/v14n1a14>. Acessado em 26 de Março de 2019.
PIGOZI, Pamela Lamarca; MACHADO, Ana Lúcia. 2014. Bullying na adolescência: visão panorâmica no Brasil. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232015001103509&script=sci_arttext>. Acessado em: 26 de Março de 2019.