A depressão é um transtorno que prejudica o funcionamento do cérebro e que pode estar ligada a diversos fatores como o genético, o ambiental (local em que a pessoa vive ou trabalha) e condições sócio econômicas (condição financeira, relacionamentos, ocupações, etc.), outras condições de saúde, dentre outros. Ela é um transtorno que prejudica o funcionamento do cérebro e, por essa razão, tudo isso reflete no corpo e no comportamento humano. É uma condição que pode levar o indivíduo à morte, caso não seja tratada. Por isso, é muito importante ter cuidado ao falar daquilo que você não tem conhecimento científico.
Segundo o Ministério da Saúde, um estudo epidemiológico identificou que a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%, sendo também a sua predominância em até 20% das mulheres e 12% dos homens. Já a Revista Galileu diz que a depressão atinge aproximadamente 4,4% da população global e 11,5 milhões só no Brasil. A doença é o principal fator de incapacidade no mundo e atinge todas as classes sociais e idades. (Ministério da Saúde, 2020; Revista Eletrônica Galileu, 2020).
A depressão segundo os dados da revista, é um transtorno que afeta um número considerável de pessoas, independentemente da idade ou classe social. Além disso, a depressão é uma doença que leva o ser humano à incapacidade caso não seja identificada e tratada de maneira correta. Isso quer dizer que é injusto definir a doença na base do “achismo”. Para identificar a depressão, é preciso conhecer todo o contexto que envolve a pessoa afetada e isso demanda tempo, estudo das causas, análise da cognição, do comportamento e histórico de vida do indivíduo. Com isso, se faz necessário a união de diversos profissionais de saúde, envolvidos no tratamento da condição, em busca do resgate da saúde da pessoa. Quando o assunto é saúde, pela complexidade da questão, é necessário tempo para compreensão, análise e ajuste daquilo que cada pessoa define como doença.
A depressão quando afeta uma pessoa, em uma análise mais simples:
Se acontece um ferimento físico, procura-se por um curativo ou até mesmo uma cirurgia. Isso depende da complexidade do caso, porém, percebe-se a necessidade de apoio profissional em toda situação que esteja relacionada à ferida física. Com a saúde mental, não é diferente. Estar triste, desanimado, choroso, sem vontade de se levantar da cama ou encontrar com os amigos, sem apetite, sonolento ou sem sono; tudo isso, até pode ser considerado normal, mas a questão se agrava quando há predominância dos sintomas, na maior parte do tempo e dos dias. Perceba que o cérebro humano precisa de um certo equilíbrio no funcionamento e isso é variável de uma pessoa para a outra, ou seja, cada pessoa tem uma necessidade específica e, é por isso que se faz necessário analisar cada caso. Logo, percebe-se que há diferença quanto à sensação de bem estar, de equilíbrio ou doença para cada pessoa.
A depressão, a partir de tudo o que foi dito, se faz necessário rever alguns conceitos sobre a depressão, tais como: “isso é frescura”, “é preguiça”, “é falta de Deus”, “é falta de ocupação”, “coisa de gente que não quer lutar”, dentre outros. Falar daquilo que não se tem conhecimento científico é perigoso tanto para quem fala, quanto para quem ouve. Pensemos nisso!