A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico, que faz com que o sujeito perca o contato com a realidade. A pessoa acometida pela doença passa a viver indiferente a tudo ao seu redor, com olhar perdido, como se vivesse em um mundo só dela, podem acontecer delírios e também a lucinações. O sujeito desenvolve em seu imaginário situações em que acredita ser vítima de complô ou perseguição e tem experiências de ouvir vozes ou ter visões que que somente ele tem. É uma doença que pode surgir na adolescência ou na fase adulta e, não tem cura, mas tem a possibilidade de tratamento e quanto antes for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de estabilização da doença e de dar ao sujeito uma melhor qualidade de vida.
Alguns sintomas
Os sintomas são classificados em positivos e negativos.
Os positivos são os delírios, que são visões distorcidas da realidade e as alucinações que são percepções independentes de um estímulo externo. No caso do delírio, o indivíduo acredita que está sendo observado e perseguido. Nas alucinações, o sujeito ouve vozes que podem levá-lo a cometer até mesmo o suicídio. O indivíduo pode apresentar ainda agitação psicomotora, comportamento e idéias bizarras.
Os sintomas negativos são o distanciamento afetivo, isolamento social, lentidão psicomotora, empobrecimento da linguagem, dificuldade ou incapacidade de realizar tarefas simples e falta de cuidados com a aparência. Os sintomas positivos respondem mais rapidamente a tratamentos, o mesmo não acontece com os sintomas negativos.
O que causa a esquizofrenia?
Não existe uma causa específica para o surgimento da doença, porém exitem inúmeros fatores que podem contribuir para o aparecimento da esquizofrenia, como o uso de drogas, predisposição genética, alterações cerebrais e bioquímicas de funcionamento do cérebro. A doença pode surgir tanto de uma forma repentina, como por exemplo, em um surto psicótico, quanto de uma forma gradual e lenta, como nos casos em que a inadequação comportamental começa a aparecer.
Os primeiros anos da doença são mais críticos, pois é quando a pessoa tende a ter mais crises, por isso é importante o tratamento precoce e contínuo para evitar o agravamento da condição. É de suma importância o tratamento psiquiátrico e o acompanhamento psicológico como modo de dar suporte para o paciente e a família deste.
Como tratar a esquizofrenia?
O tratamento farmacológico é realizado por meio de medicamentos antipsicóticos para aliviar os sintomas, prevenir novos surtos e gerar melhor qualidade de vida, evitando até mesmo as internações. Somado à intervenção medicamentosa, o paciente pode ter um acompanhamento multidisciplinar como a psicoterapia, a terapia ocupacional, educação física, musicoterapia, arteterapia, terapia familiar, acompanhamento terapêutico e outros, que são modalidades de tratamento oferecidas pelos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). A adesão do paciente ao tratamento é de grande importância para os bons resultados no controle da doença e a medicação jamais deve ser abandonada, mesmo mediante a melhoria dos sintomas, pois a esquizofrenia pode ser tratada, porém não tem cura.